sábado, 30 de outubro de 2010

Linda...mãe.



Que linda 
Mãe menina ...mãe mulher
Mãe que encanta em suas rimas
E faz dormir
Mãe que acaricia
Que faz bolo de palavras doces
e serve em mesa farta
de sonhos
de esperança
e de flores
Que põe açúcar
No mundo azedo que às vezes fica
E abraça como se o braço fosse um mundo
E alcança cada rostinho pedinte
De aconchego
De carinho
De atenção
Que então
Nesse espaço de tempo
Tão rico que temos
A vida
que  nos concede o Criador a ter
Vem então você
Ensinar a
fazer
e ser
nesse tempo
que
Não seria fácil
O que nos parece tão difícil
Se não fosse
A sua presença...
E seu colo
Mãe.
                                       ...por nina...

homenagem às mães ,
porque mãe é mãe
mas quando vemos uma mãe jovem ,
ai nosso coração bate forte ...
Minha inspiração veio de  uma mãe linda que conheci chamada  Malena (foto)

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

...Quando eu for bem velhinha...

Quando eu for bem velhinha, espero receber a graça de, num dia de
domingo, me sentar na poltrona da biblioteca e, bebendo um cálice de

Porto, dizer a minha neta:

- Querida, venha cá. Feche a porta com cuidado e sente-se aqui ao meu lado. Tenho umas coisas pra te contar. E assim, dizer apontando o indicador para o alto:

- O nome disso não é conselho, isso se chama corroboração!
Eu vivi, ensinei, aprendi, caí, levantei e cheguei a algumas conclusões. E agora, do alto dos meus 82 anos, com os ossos frágeis a pele mole e os cabelos brancos, minha alma é o que me resta saudável e forte. Por isso, vou colocar mais ou menos assim:

É preciso coragem para ser feliz. 
Seja valente. Siga sempre seu coração. Para onde ele for, seu sangue, suas veias e seus olhos também irão. E satisfaça seus desejos. Esse é seu direito e obrigação.
Entenda que o tempo é um paciente professor que irá te fazer crescer,mas escolha entre ser uma grande menina ou uma menina grande, vai depender só de você.
Tenha poucos e bons amigos. Tenha filhos. Tenha um jardim. Aproveite sua casa, mas vá a Fernando de Noronha, a Barcelona e a Austrália.
Cuide bem dos seus dentes.
 
Experimente, mude, corte os cabelos. Ame. Ame pra valer, mesmo que ele seja o carteiro. Não corra o risco de envelhecer dizendo "ah, se eu tivesse feito..." Tenha uma vida rica de vida. Vai que o carteiro ganha na loteria - tudo é possível, e o futuro é imprevisível.

Viva romances de cinema, contos de fada e casos de novela.
Faça sexo, mas não sinta vergonha de preferir fazer amor.
E tome conta sempre da sua reputação, ela é um bem inestimável. Porque, sim, as pessoas comentam, reparam, e se você der chance elas inventam também detalhes desnecessários.

Se for se casar, faça por amor. Não faça por segurança, carinho ou status. A sabedoria convencional recomenda que você se case com alguém parecido com você, mas isso pode ser um saco!
Prefira a recomendação da natureza, que, com a justificativa de
aperfeiçoar os genes na reprodução, sugere que você procure alguém diferente de você. Mas para ter sucesso nessa questão, acredite no olfato e desconfie da visão. É o seu nariz quem diz a verdade quando o assunto é paixão.
Faça do fogão, do pente, da caneta, do papel e do armário, seus
instrumentos de criação. Leia. Pinte, desenhe, escreva. E por favor, dance, dance, dance até o fim, se não por você, o faça por mim. Compreenda seus pais. Eles te amam para além da sua imaginação, sempre fizeram o melhor que puderam, e sempre farão.

Cultive os amigos. Eles são a natureza ao nosso favor e uma das formas mais raras de amor. Não cultive as mágoas - porque se tem uma coisa que eu aprendi nessa vida é que um único pontinho preto num oceano branco deixa tudo cinza.

Era só isso minha querida. Agora é a sua vez. Por favor, encha maisuma vez minha taça e me conte: como vai você ?
 
desconheço o autor
 
 

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

> Compartilhe com a gente ...

1-O que você gostaria de encontrar
em um baú do sótão ?

2- O que você guardaria 
no baú ? 



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sábado, 23 de outubro de 2010

> A Complicada arte de ver....Ruben Alves

Ela entrou, deitou-se no divã e disse: "Acho que estou ficando louca". Eu fiquei em silêncio aguardando que ela me revelasse os sinais da sua loucura. "Um dos meus prazeres é cozinhar. Vou para a cozinha, corto as cebolas, os tomates, os pimentões _é uma alegria! Entretanto, faz uns dias, eu fui para a cozinha para fazer aquilo que já fizera centenas de vezes: cortar cebolas. Ato banal sem surpresas. Mas, cortada a cebola, eu olhei para ela e tive um susto. Percebi que nunca havia visto uma cebola. Aqueles anéis perfeitamente ajustados, a luz se refletindo neles: tive a impressão de estar vendo a rosácea de um vitral de catedral gótica. De repente, a cebola, de objeto a ser comido, se transformou em obra de arte para ser vista! E o pior é que o mesmo aconteceu quando cortei os tomates, os pimentões... Agora, tudo o que vejo me causa espanto."

Ela se calou, esperando o meu diagnóstico. Eu me levantei, fui à estante de livros e de lá retirei as "Odes Elementales", de Pablo Neruda. Procurei a "Ode à Cebola" e lhe disse: "Essa perturbação ocular que a acometeu é comum entre os poetas. Veja o que Neruda disse de uma cebola igual àquela que lhe causou assombro: 'Rosa de água com escamas de cristal'. Não, você não está louca. Você ganhou olhos de poeta... Os poetas ensinam a ver".

Ver é muito complicado. Isso é estranho porque os olhos, de todos os órgãos dos sentidos, são os de mais fácil compreensão científica. A sua física é idêntica à física óptica de uma máquina fotográfica: o objeto do lado de fora aparece refletido do lado de dentro. Mas existe algo na visão que não pertence à física.

William Blake sabia disso e afirmou: "A árvore que o sábio vê não é a mesma árvore que o tolo vê". Sei disso por experiência própria. Quando vejo os ipês floridos, sinto-me como Moisés diante da sarça ardente: ali está uma epifania do sagrado. Mas uma mulher que vivia perto da minha casa decretou a morte de um ipê que florescia à frente de sua casa porque ele sujava o chão, dava muito trabalho para a sua vassoura. Seus olhos não viam a beleza. Só viam o lixo.

Adélia Prado disse: "Deus de vez em quando me tira a poesia. Olho para uma pedra e vejo uma pedra". Drummond viu uma pedra e não viu uma pedra. A pedra que ele viu virou poema.

Há muitas pessoas de visão perfeita que nada vêem. "Não é bastante não ser cego para ver as árvores e as flores. Não basta abrir a janela para ver os campos e os rios", escreveu Alberto Caeiro, heterônimo de Fernando Pessoa. O ato de ver não é coisa natural. Precisa ser aprendido. Nietzsche sabia disso e afirmou que a primeira tarefa da educação é ensinar a ver. O zen-budismo concorda, e toda a sua espiritualidade é uma busca da experiência chamada "satori", a abertura do "terceiro olho". Não sei se Cummings se inspirava no zen-budismo, mas o fato é que escreveu: "Agora os ouvidos dos meus ouvidos acordaram e agora os olhos dos meus olhos se abriram".

Há um poema no Novo Testamento que relata a caminhada de dois discípulos na companhia de Jesus ressuscitado. Mas eles não o reconheciam. Reconheceram-no subitamente: ao partir do pão, "seus olhos se abriram". Vinícius de Moraes adota o mesmo mote em "Operário em Construção": "De forma que, certo dia, à mesa ao cortar o pão, o operário foi tomado de uma súbita emoção, ao constatar assombrado que tudo naquela mesa _garrafa, prato, facão_ era ele quem fazia. Ele, um humilde operário, um operário em construção".

A diferença se encontra no lugar onde os olhos são guardados. Se os olhos estão na caixa de ferramentas, eles são apenas ferramentas que usamos por sua função prática. Com eles vemos objetos, sinais luminosos, nomes de ruas _e ajustamos a nossa ação. O ver se subordina ao fazer. Isso é necessário. Mas é muito pobre. Os olhos não gozam... Mas, quando os olhos estão na caixa dos brinquedos, eles se transformam em órgãos de prazer: brincam com o que vêem, olham pelo prazer de olhar, querem fazer amor com o mundo.

Os olhos que moram na caixa de ferramentas são os olhos dos adultos. Os olhos que moram na caixa dos brinquedos, das crianças. Para ter olhos brincalhões, é preciso ter as crianças por nossas mestras. Alberto Caeiro disse haver aprendido a arte de ver com um menininho, Jesus Cristo fugido do céu, tornado outra vez criança, eternamente: "A mim, ensinou-me tudo. Ensinou-me a olhar para as coisas. Aponta-me todas as coisas que há nas flores. Mostra-me como as pedras são engraçadas quando a gente as têm na mão e olha devagar para elas".

Por isso _porque eu acho que a primeira função da educação é ensinar a ver_ eu gostaria de sugerir que se criasse um novo tipo de professor, um professor que nada teria a ensinar, mas que se dedicaria a apontar os assombros que crescem nos desvãos da banalidade cotidiana. Como o Jesus menino do poema de Caeiro. Sua missão seria partejar "olhos vagabundos"...

(Rubem Alves - Fonte: Sinapse - Folha On Line)

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

POR TUAS PALAVRAS.....por Pr. Fernando Pereira


MATEUS 12.37 Porque por tuas palavras serás justificado e por tuas palavras serás condenado.

O próprio Jesus fez a declaração acima.
As palavras são mais importantes do que muitos se dão conta.
Você se lembra de Jó e daqueles três supostos amigos que foram consolá-lo? Lembre-se da queixa de Jó contra os amigos, que foram a ele como consoladores, mas que acabaram por atormentá-lo: Até quando afligireis a minha alma, e me quebrantareis com palavras? (Jó 19.2).
As palavras podem edificar-nos ou arruinar-nos.
As palavras podem curar-nos ou deixar-nos doentes.
De acordo com os ensinamentos bíblicos, as palavras podem ser empregadas para nos destruir, ou para nos deixar cheios de vida, felizes e saudáveis.
As palavras que proferimos ontem dão vida ao que acon­tece hoje.
Isso está em conformidade com o que Jesus disse em Marcos 11: Tudo o que disser lhe será feito (v. 23b).
Tudo o que proferimos são palavras.
Na realidade, podemos ler o versículo da seguinte forma: você terá o que suas palavras disseram que teria.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

> Amigo é coisa pra se guardar...

Você nasce sem pedir e morre sem querer...
Por isso, aproveite o Intervalo SENDO FELIZ!!!
  

Amigo é coisa pra se guardar...

Um filho pergunta à mãe:
- Mãe, posso ir ao hospital ver meu amigo? Ele está doente!

- Claro, mas o que ele tem?
O filho, com a cabeça baixa, diz:
- Tumor no cérebro.

A mãe,  furiosa, diz:
-E você  quer ir lá para quê? Vê-lo morrer?

O filho lhe dá as costas e vai...
Horas depois ele volta vermelho de tanto chorar, dizendo:
- Ai mãe, foi tão horrível, ele morreu na minha frente!

A mãe, com raiva:
- E agora?! Tá feliz?! Valeu a pena ter visto aquela cena?!

Uma última lágrima cai de seus olhos e, acompanhado de um sorriso, ele diz:
- Muito, pois cheguei a tempo de vê-lo sorrir e dizer:

 ' - EU TINHA CERTEZA QUE VOCÊ VINHA! '



 

Moral da história:

A amizade não se resume só em horas  boas, alegrias e festas.
Amigo é para todas as horas, boas ou ruins, tristes ou alegres.
colaboração: Aparecida Faria


terça-feira, 19 de outubro de 2010

> Mineiros do Chile - Agradecendo com TEHILIM !

AGRADECENDO COM TEHILIM!
Já que todo mundo está falando dos Mineiros do Chile, resolvi entrar na onda. E o fiz depois de ver que o Portal da Globo (G1) conseguiu a proeza de “selecionar” CENTO E TRINTA E QUATRO FOTOS (até as 21:35h Horário de Brasília) sem que nenhuma delas mostrem duas frases estampadas, na frente e nas costas, das camisetas que os mineiros estão usando quando saem da mina.
Por que será que a Globo, tão cuidadosa em dar visibilidade aos merchandisings “espiritualistas” nas suas novelas, está pudica na divulgação das camisetas chilenas? Será que é porque as frases estampadas foram retiradas de um velho livro judaico chamado TEHILIM, mais conhecido no ocidente por Livro dos Salmos?
A sugestão das camisetas pode ter partido de um dos mineiros que esteve preso na mina por 69 dias. O vigésimo quarto mineiro resgatado chama-se José Henríquez Gonzáles, tem 56 anos, é casado e pai de duas filhas.
Henríquez González está sendo considerado pela imprensa européia o “Guia Espiritual” dos mineiros. E não porque seja um guru ou algo parecido. Nada disso. Henríquez Gonzáles é simplesmente um “evangélico fervoroso”, nas palavras do Correio da Manhã, de Lisboa.
Na sua edição do dia 11 de outubro, ao traçar um perfil dos principais soterrados, o diário lisbonense falou do grande respeito e influência que Henríquez Gonzáles conquistou junto aos demais mineiros. Foram dele que vieram as palavras de consolo e esperança nos sombrios dias que passaram a 700 metros de profundidade.
Aliás, não dele. Isso porque Gonzáles apenas repetia frases decoradas das Sagradas Escrituras. Por isso, para se regozijar diante do tremendo livramento, as frases escolhidas vieram deste milenar livro.
Na frente da camiseta lê-se um louvor ao nome DO ETERNO, D’us de Abraão, Isaque e Jacó, e nas costas o versículo 4 do Tehilim 95 (Salmos 95).
Pois bem, o blog NOTÍCIAS DE SIÃO faz o que a Globo não fez. Com vocês, a frente e as costas das camisetas dos mineiros chilenos.
OBRIGADO SENHOR!
http://noticiasdesiao.files.wordpress.com/2010/10/frase-na-frente-da-camiseta-dos-mineiros.jpg


COSTAS
Nas suas mãos estão as profundezas da terra, e as alturas dos montes são suas.
http://noticiasdesiao.files.wordpress.com/2010/10/frase-nas-costas-das-camisetas-dos-mineiros.jpg






Pr Marcos Aurélio

> Crônica do Amor ........por Arnaldo Jabor


             Ninguém ama outra pessoa pelas qualidades que ela tem, caso contrário os honestos, simpáticos e não fumantes teriam uma fila de pretendentes batendo a porta.

         O amor não é chegado a fazer contas, não obedece à razão. O verdadeiro amor acontece por empatia, por magnetismo, por conjunção estelar.

Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada, veste-se bem e é fã do Caetano. Isso são só referenciais.

Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que provoca.

          Ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos piscam, pela fragilidade que se revela quando menos se espera.

          Você ama aquela petulante. Você escreveu dúzias de cartas que ela não respondeu, você deu flores que ela deixou a seco.

          Você gosta de rock e ela de chorinho, você gosta de praia e ela tem alergia a sol, você abomina Natal e ela detesta o Ano Novo, nem no ódio vocês combinam. Então?

          Então, que ela tem um jeito de sorrir que o deixa imobilizado, o beijo dela é mais viciante do que LSD, você adora brigar com ela e ela adora implicar com você. Isso tem nome.

           Você ama aquele cafajeste. Ele diz que vai e não liga, ele veste o primeiro trapo que encontra no armário. Ele não emplaca uma semana nos empregos, está sempre duro, e é meio galinha. Ele não tem a menor vocação para príncipe encantado e ainda assim você não consegue despachá-lo.

            Quando a mão dele toca na sua nuca, você derrete feito manteiga. Ele toca gaita na boca, adora animais e escreve poemas.  Por que você ama este cara?

             Não pergunte pra mim; você é inteligente. Lê livros, revistas, jornais. Gosta dos filmes dos irmãos Coen e do Robert Altman, mas sabe que uma boa comédia romântica também tem seu valor. É bonita. Seu cabelo nasceu para ser sacudido num comercial de xampu e seu corpo tem todas as curvas no lugar. Independente, emprego fixo, bom saldo no banco. Gosta de viajar, de música, tem loucura por computador e seu fettucine ao pesto é imbatível.

             Você tem bom humor, não pega no pé de ninguém e adora sexo. Com um currículo desse, criatura, por que está sem um amor?

             Ah, o amor, essa raposa. Quem dera o amor não fosse um sentimento, mas uma equação matemática: eu linda + você inteligente = dois apaixonados.

              Não funciona assim.

              Amar não requer conhecimento prévio nem consulta ao SPC. Ama-se justamente pelo que o Amor tem de indefinível.

              Honestos existem aos milhares, generosos têm às pencas, bons motoristas e bons pais de família, tá assim, ó! Mas ninguém consegue ser do jeito que o amor da sua vida é! Pense nisso. Pedir é a maneira mais eficaz de merecer. É a contingência maior de quem precisa.

Arnaldo Jabor

domingo, 17 de outubro de 2010

> sou pipoca

sou pipoca 


... penso então
que sou uma panela de milho de pipocas
acho que é isso mesmo
sou um milhão ...
muitos milhos de pipocas

quando me vejo "esperniando",
pura ansiedade,


de querer
de ser e de fazer acontecer
pulo ,pulo muito
e  não tem jeito
na panela entrei
tenho que pular
e esperar o momento de estourar

ai me revelo mesmo
 ser uma pipoca de verdade,
pulando e pulando
reagindo
ao fogo quente
nesse pulo que quase queima o traseiro...
o MEU traseiro !!!
não o dos outros que ainda me julgam !!!
ora ...o meu  ,que arde
e como arde !!!

e se no deles não arde
que fogo fraco é esse
que não faz questão de ajudar?
que milho duro
que não se deixa estourar?
que coração,então
que não se deixa dominar?

pular faz bem
faz parte ...é reação
é sentimento puro
de se deixar estourar e assim crescer
se transformar
então ... viva o calor na bunda!!!
e que esquente ainda mais ...e por favor
o mais rápido que puder
assim me transformo logo
nessa coisinha macia
que é a pipoca branquinha
purificada...
como o ouro...

não quero ser piruá
que todos os milhos que ainda existam dentro de mim
pulem sim sem parar
e que eu possa cada dia
em cada pipoca me transformar

rima perfeita e infantil
assim como eu
no meu andar

pula nina pula
pula quem mais quiser
pular comigo
nesse mundo
de pessoas tão iguais
só não pula quem não quer
se deixar transformar.


...por nina



> Milho de pipoca ...texto Runben Alves

Milho de pipoca que não passa pelo fogo continua a ser milho para sempre.

Assim acontece com a gente.
As grandes transformações acontecem quando passamos pelo fogo.
Quem não passa pelo fogo, fica do mesmo jeito a vida inteira.
São pessoas de uma mesmice e uma dureza assombrosa.
Só que elas não percebem e acham que seu jeito de ser é o melhor jeito de ser.
Mas, de repente, vem o fogo.
O fogo é quando a vida nos lança numa situação que nunca imaginamos: a dor.
Pode ser fogo de fora:
perder um amor, perder um filho, o pai, a mãe, perder o emprego ou ficar pobre.
Pode ser fogo de dentro:
pânico, medo, ansiedade, depressão ou ofrimento, cujas causas ignoramos.
Há sempre o recurso do remédio: apagar o fogo!
Sem fogo o sofrimento diminui. Com isso, a possibilidade da grande transformação também.
Imagino que a pobre pipoca, fechada dentro da panela,
lá dentro cada vez mais quente, pensa que sua hora chegou:
vai morrer.
Dentro de sua casca dura, fechada em si mesma,
ela não pode imaginar um destino diferente para si.
Não pode imaginar a transformação que está sendo preparada para ela.
A pipoca não imagina aquilo de que ela é capaz.
Aí, sem aviso prévio, pelo poder do fogo a grande transformação acontece:
BUM!
E ela aparece como uma outra coisa completamente diferente,
algo que ela mesma nunca havia sonhado.
Bom, mas ainda temos o piruá, que é o milho de pipoca que se recusa a estourar.
São como aquelas pessoas que, por mais que o fogo esquente, se recusam a mudar.
Elas acham que não pode existir coisa mais maravilhosa do que o jeito delas serem.
A presunção e o medo são a dura casca do milho que não estoura.
No entanto, o destino delas é triste, já que ficarão duras a vida inteira.

Não vão se transformar na flor branca, macia e nutritiva.
Não vão dar alegria para ninguém.

(extraído do livro "O amor que acende a lua", de Rubem Alves - Editora Papirus) 
Colaboração : DiMarcos

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

> O professor está sempre errado...AD

Quando...
É jovem, não tem experiência.
É velho, está superado.
Não tem automóvel, é um coitado.
Tem automóvel, chora de "barriga cheia".
Fala em voz alta, vive gritando.
Fala em tom normal, ninguém escuta.
Não falta às aulas, é um "Caxias".
Precisa faltar, é "turista"
Conversa com outros professores, está "malhando" os alunos.
Não conversa, é um desligado.
Dá muita matéria, não tem dó dos alunos.
Dá pouca matéria, não prepara os alunos.
Brinca com a turma, é metido a engraçado.
Não brinca com a turma, é um chato.
Chama à atenção, é um grosso.
Não chama à atenção, não sabe se impor.

A prova é longa, não dá tempo.
A prova é curta, tira as chances dos alunos.
Escreve muito, não explica.
Explica muito, o caderno não tem nada.

Fala corretamente, ninguém entende.
Fala a "língua" do aluno, não tem vocabulário.
Exige, é rude.
Elogia, é debochado.
O aluno é reprovado, é perseguição.
O aluno é aprovado, "deu mole".
É, o professor está sempre errado mas,
se você conseguiu ler até aqui, agradeça a ele!

desconheço o autor
colaboração: Roberta Torres

> No mês do professor... por Júlio Aquino USP

Sobrevivendo a outubro
No mês do professor, cabe a pergunta: com o que eles sonham?



Outubro é mês pródigo de comemorações. Santos há à profusão, alguns famosos: Francisco de Assis, Benedito, Judas Tadeu, Tereza D'Ávila, Aparecida etc. É também o mês de várias categorias profissionais: os bóias-frias, os médicos, os guardas-noturnos, os estivadores, os dentistas, os sapateiros, os repórteres e, enfim, as bruxas.

Todavia, outubro é reconhecido de antemão pelo dia do professor. Nos meados do mês, o país curva-se aos "mestres" e lhes rende acalorados gestos de reverência - algo que, curiosamente, não costuma ocorrer com ofícios afins.

Louva-se efusivamente o profissional da educação por seu espírito cívico e sua abnegada vocação, aplaudem-se os requisitos morais de tão nobre ocupação, proliferam-se as saudações protocolares. Nos estabelecimentos de ensino, preparam-se festinhas singelas, distribuem-se presentinhos módicos, ganha-se um pão modestamente distinto daquele sovado a cada dia.

Mediante tamanha tagarelice adulatória, melhor seria dar voz aos próprios homenageados. A depender deles, haveria razões para comemorar? Afinal, com o que sonham os professores atuais?

Sonham, quase sempre, com outros alunos. Sonham também com outras famílias, com outros dirigentes, com outros teóricos. Alguns, com outros colegas. A totalidade, com outra remuneração. A maioria sonha com outra ocupação, por meio da qual viessem à tona os talentos recônditos que imaginam possuir, os quais teriam sido sufocados pela escolha profissional apressada, ou, mesmo, equivocada.
E poucos, muito poucos, nada sonham, já que não nutrem expectativas infrutíferas. Nada esperam da docência porque sabem que ela, per se, nada pode lhes retribuir. Ao contrário, trata-se tão-somente de uma ocasião - ímpar, decerto - para que se exerça um tipo particular de desígnio: aquele de não deixar morrer à míngua o mundo das idéias, tão custoso para sobrevir.
Esses poucos encarnam o ofício no limite da vulnerabilidade que lhe é inerente, e vão angariando, no passo arrastado dos dias, algum sentido instável para suas vidas solitárias, desgarradas, incertas. Porque habituados à penúria cultural da contemporaneidade, alimentam-se das migalhas que lhes oferece este mundo amnésico que não mais se encanta nem se comove com a narrativa daqueles feitos humanos dignos de serem rememorados pelas novas gerações. Dificilmente serão, admitamos. Aqui e acolá, algum alento há, mas sempre em estado germinal e, logo, em dissipação.
Tais professores, raríssimos, são párias desses tempos tão instantâneos quanto dissolutos que chamamos, por falta de outro vocábulo mais convincente, de presente. Abstêm-se eles de sonhar com dias melhores e, talvez por isso, têm a chance de angariar conquistas discretas. Conquistas tão minúsculas e esparsas que os obrigam a declinar dos aplausos e da gratidão. Almejam silêncio apenas. Ei-lo, pois.


Julio Groppa Aquino é professor da Faculdade de Educação da USP
E-mail: julio.groppa@editorasegmento.com.br

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

> Sem você... por DiMarcos



Um dia desses,
contei um mês.
Era um mês dentro de um dia,



trinta dias
em vinte e quatro horas,
voce estava comigo.

Um mês não passou,
um mês evaporou-se.

As cenas,
guardo todas,
cada minuto dentro de trinta dias
cada segundo dentro de cada minuto,

mas passou...

Não deveria ter passado
e sim, congelado
para não passar,
não evaporar-se.

Cada dia agora,
demora um mês
e cada mês
um tempo interminável.
Pois,
cada dia dentro de um mês
vive sua ausência

o tempo parou no tempo
que você partiu.
Uma fração de segundos
que seria melhor
nunca ter existido,
pois assim
não haveria esta estrada
longa como um dia
dentro de cada trinta dias,
infindáveis sem você. 






....por DiMarcos

> No engano das práticas sobrenaturais do "espiritismo"...Texto: Nina Machado

              
No engano das práticas sobrenaturais  do “espiritismo” ...é bom avaliar e refletir.

              Estamos hoje numa situação de mundo onde a carência por amor é visível e forte e a ânsia pelo conforto e a paz parece um sonho.
               O homem assim como na época de Jesus ainda está esperando o salvador político.Alguém que” de fora pra dentro “modifique todas as coisas. E vai esperar...sentado.

               Na desesperança se apega às práticas bonitas de alguns...nas palavras...nas reflexões e   segue o curso de sua vida ,esperando que alguma coisa aconteça...que alguém faça algo...que possa aplaudir de pé exaltanto a sua incapacidade diante dos seus infortúnios na capacidade de alguns que conseguem de algum modo fazer algo a mais ,que no fundo nada mais é do que tentar viver em solidariedade e fraternidade,praticando “boas obras” ,mesmo que sejam enganosas.Confortando pessoas carentes e doentes com práticas palhativas , perigosas e manipuladoras .E se esse cidadão exemplar,vier acompanhado de poderes sobrenaturais*,então...louvado seja ele mesmo...e mais um santo é canonizado,e mais um será beneficiado com velas e adereços em seu altar.

               O homem justifica seus pecados e erros ,camufla as conseqüências de seus atos e culpa um Deus que nem acredita.
É mais fácil culpar o outro.
               Pra completar cria fantasias e as difunde em cabeças que eu não digo fracas,mas cômodas  e interesseiras ,que fazem com que  seus desejos e vontades egoístas sejam justificadas e mantidas.

               Mais fácil é crer no que é mais difícil....assim tudo fica no impossível, na justificativa de que se pudesse,tudo seria melhor...”sabe como é ...a carne é fraca...as dificuldades são tantas...e a minha educação,então....pobre de mim !!!”

               É tão fácil ser redimido  pelos moldes cristãos que não é possível ser verdade.
               E então o homem  decide que é melhor morrer e viver,quantas vezes for preciso para que se redima de seus fracassos e falhas...mais uma vez ele terá uma boa justificativa para seus erros e terá a bondade de perdoar as falhas de outros baseado no seu duro e exaustivo processo de purificação.Ao mesmo tempo que fica injuriado,quando o infeliz indivíduo comete a maior atrocidade ...e ai ele culpa à Deus...que não viu, ou nada fez.
Nessa hora,Deus  existe !
                 Ora, se estamos num processo de purificação deveríamos ter mais compreensão com as falhas alheias...ou não? 
(é preciso pensar mais sobre isso!! É terrível essa idéia!!!eu diria “funesta”) Justificaríamos o coitado,pelas vidas que ainda lhe faltam???

                Lamentável...
                O homem que desconhece o que é espiritual,se submete a rituais espirituais achando que tem domínio sobre eles...
                Um ser que entra e sai em um corpo...uma pobre alma que “passeia” pelos ares em busca de ser bom numa esfera singular...pobre alma ,,,que senão for esperta corre o risco de voltar à Terra como um sagüi,,,ou uma pedra !!! (que me perdoe os sagüis!!!)

                 Jesus Cristo tem  uma história .
                 A Palavra, o Verbo...o Grande “Eu Sou” “ se fez carne e habitou entre nós”
                Não podemos nos desvencilhar do Deus de Abraão.
                E isso é o início de tudo,que culmina com a ressurreição.

                Os cristãos...sim !!!...os seguidores de Cristo ,tem hoje um papel fundamental em não somente trazer a luz e a verdade de Deus aos homens,mas principalmente de demonstrar isso em amor.
                Creio na obra do Espírito Santo.
                É Ele e não o cristão  que convencerá o homem do seu mal caminho.

.          Ao cristão cabe viver sua fé e a realidade de Deus ,na pessoa de Jesus Cristo e na verdade da Sua Palavra ,e isso não é fácil !
                O seu testemunho de vida com Deus falará por sí mesmo.O seu agir será a sua palavra,e a sua palavra terá força e sentido na vida das pessoas,porque testemunhará o poder de Deus em sua própria vida!

                A obra da cruz...morte e ressurreição do Senhor Jesus teve o amor às vidas  como motivação, independente do que eram...do que fizeram,ou faziam.do que tinham ou deixavam de ter.
                É preciso  entender que pela graça de Deus se é  salvo,mediante a fé em Jesus Cristo e em Sua obra redentora.A salvação ”Não vem das obras para que ninguém se glorie”...Lembre-se que o ladrão que estava ao lado de Jesus na cruz  foi salvo sem ter feito nenhuma obra...ele só acreditou em Jesus !


              Enfim...
              À todos será dada a oportunidade de crer.
              Por isso não convém entrar em discussões .
              Loucuras...mentiras...visões...profecias....milagres...todos verão...
              Falsos pregadores...falsos mestres...falsas doutrinas...
              A verdade de Deus porém ,sempre estará por perto ...
              O coração do homem definirá a sua sorte e isso é pessoal...afinal lhe foi dado o livre arbítrio.


Por Nina Machado
18.04.2010

 

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

> BAÚ DO SÓTÃO ... por Nina Machado

                                             Baú do sótão

Porque baú do sótão?
Porque nele encontramos e guardamos coisas...
Coisas que não se podem perder
é um tira pra ver ...um põe pra guardar...
enfim nada se deve jogar
pra alguma coisa  eu sei que servirá
pra mim,
pra você e
pra quem quiser conhecer

nada é tão velho quanto se pensa
depende de como se vê
se tem pó...tira-se o pó
se é amarelado
faça cara de admirado
e vai ver
que o que vê
tem uma surpresa
a se revelar pra você

fique a vontade,então
pra ver e mexer,
pegar e devolver...
só não vale desfazer
daquilo que não te dá  prazer

acrescentar sim
um palpite
uma idéia
uma palavra somente...
de quem sente com certeza
assim como eu
vontade de escrever

e  se quiser ficar..
dormir ao lado...
sentar na cadeira e conversar
sinta-se a vontade também
no sótão tem muito espaço
pra mim
pra você
e pra quem mais quiser
no sótão aparecer.

Ah...
só não tem chá
...esse eu esqueci de trazer.

...por nina